terça-feira, 26 de maio de 2009

Uma modesta apresentação.

Blogs começaram como gêneros textuais muito associados a diários pessoais e crônicas do cotidiano de seus escritores. Recapitulando essa antiquíssima tradição, começo esta minha modesta apresentação contando a pequena história da gênese deste apelido.

Todo blog começa como algo festivo, despretensioso, mesmo os hoje titânicos blogs nacionais, como o Jacaré Baguela ou o Bobagento. Não podia ser diferente, se considerarmos de onde partiu a iniciativa motriz do blog; da bola de boliche, também conhecida como a cabeça, cachola, mens insana do Besta Fera.

Perguntei, - Colocar meu apelido de Mentor soaria muito pretensioso? - Soaria. Afinal sou eu que mando nesse bagaça, pontuou meu amigo Besta Fera, batendo a testa nas nuvens, ele próprio acreditando ser o próprio deus-falo.

A intenção era achar algo que representasse minha cotidiana falta de humildade com meu excelente gosto xiita por quadrinhos ocidentais. - Pensa em um quadrinho ai, disse o Besta Fera. - The Authority, gosto muito. - Pois coloca Jenny Sparks, respondeu o Besta Fera com sua ironia, fina como corda pra atracar navio. Claro que se eu fosse do complexo sexo oposto, não pensaria duas vezes. - Pois então eu deixo tu ser o Doutor, concluiu meu amigo, em uma rara sobriedade.

Perfeito.

Tirando a parte das drogas (meu corpo é algo sagrado, como um save point antes do ultimo chefão), o Doutor é o personagem perfeito pra representar a minha (des)necessária complexidade lexical, e minha devoção pelos (bons) quadrinhos ocidentais. Sem falar que, como o próprio Doutor, eu sou uma paródia humana daquilo que faço, pois tenho orgulho de ser parte de um filo humano muito respeitado e admirado da organização social: o dos críticos de cultura, literatura, arte, etc. Só perdemos em popularidade e admiração para nossos queridos políticos, ministros do Supremo e advogados.

Se eu não falo de forma simples, muito menos escrevo de maneira simplória. Minha escrita não é um ato de fala impresso, como disse um certo teórico, mas um exercício de pedantismo, coisa que aprendi com a profissão. A mente massificada pela TV pode dizer, "ah esse cara não tem o que fazer". E não tenho mesmo. Esse meu caudaloso rio verbal tem que sair de alguma forma, nem que seja esgoto abaixo. Mas enfim, regozijai! Se você não vai à aula de redação, a aula de redação vai até você! Em um jeito descontextualizado, inútil, massante como toda boa aula de Gramática!

Portanto, caros amigos, aguardem pelas próximas postagens! Principalmente pela próxima, pois estou afinando estimado jargão crítico para destroçar os sonhos das adolescentes, com a mais crítica e machista resenha da mais recente modinha pré-adolescente: Crépusculo! Aguardem!

Exeunt

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